LUCIA HELENA GALVÃO - CARÊNCIA AFETIVA
Sabemos que a Carência Afetiva, em geral - e a afetiva em particular - é um mal comum em nossos tempos. E que está na raiz de muitos outros males que acometem o ser humano.
Para combatê-la e vencê-la, é necessário compreendê-la!
A escola de Filosofia Nova Acrópole oferece uma reflexão filosófica aprofundada sobre o tema - que busca clarificar as causas da Carência afetiva, suas consequências e seus antídotos - conduzida pela professora e voluntária LÚCIA HELENA GALVÃO.
O LAÇO E O ABRAÇO
Maria Beatriz Marinho dos Anjos
(Nota: A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Mario Quintana.)
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o
laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de
braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço
afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
Maria Beatriz Marinho dos Anjos
Nota: A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Mario Quintana.
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