KRYON - PARA SUA CRIANÇA INTERIOR
PARA TODAS AS CRIANÇAS,
DE 0 A 100 ANOS!
KRYON
Através de Lee Carroll
Por alguns anos, muitos têm perguntado se é possível que haja uma canalização de Kryon feita especialmente para as crianças. Desde que todo o assunto sobre as crianças índigo foi publicado pela primeira vez em um livro de Kryon, parecia muito apropriado que ele pudesse e faria tal coisa.
Portanto, para aqueles que requisitaram, nós apresentamos uma das duas canalizações gravadas e transcritas a partir de Kryon enquanto nos sentávamos com crianças em um seminário no Texas há alguns anos atrás.
Havia uma sala cheia de crianças, com idade variando de 3 a 12 anos. Havia também um casal de bebês, e alguns pais e avós que também desejavam participar!
A apresentação começa com minha introdução, e se encaminha para Kryon se dirigindo diretamente às crianças. Tendo sido publicado pela primeira vez no The Sedona Journal of Emergency, em 2001, este texto esteve enterrado em um armário durante todo este tempo, e apenas recentemente foi descoberto e transcrito.
Lee falando ao vivo…
Oi crianças!
Dou as boas-vindas a todas vocês.
Eu percebo que o mais jovem tem aproximadamente dois meses e o mais velho aproximadamente 74 anos de idade. Não levante suas mãos se você for o mais velho, eu sei quem você é!
Esta não é uma ocorrência usual. Só fiz isso apenas uma outra vez anteriormente, e imagino que eventualmente haverá uma situação onde este tipo de canalização curta será publicada em livro, algum dia. Se fizermos uma dessas por ano, no entanto, demorará décadas antes que o livro seja compilado!
Se você está aqui e tem entre 9 e 20 anos, eu peço desculpas por terem vindo para uma canalização para crianças, pois todos nós sabemos que vocês não são mais crianças, não é mesmo? [Piscadas de Lee.] Mas, na verdade isto é para todos nós, mesmo que as crianças estejam aqui só para isso.
[Uma criança na audiência grita. Lee faz uma pausa e olha para a criança.]
Às vezes, me sinto exatamente igual a você!
Mas não posso fazer isso! Os adultos não me deixariam.
Está bem, isto é apenas para crianças.
Não sei se vocês sabem o que é uma canalização, mas não é uma coisa esquisita ou estranha, pois vocês mesmos fazem isso algumas vezes, apenas não admitem. Eu sei que vocês fazem!
É quando vocês conversam com seus anjos e recebem respostas.
Alguns de vocês até mesmo vêem os anjos, mas não contam sobre isso aos adultos.
Vou dizer o que vai acontecer agora: eu sou Lee Carrol, este é meu nome e irei me juntar com um anjo chamado Kryon.
Talvez vocês não vejam um anjo ou mesmo grandes asas ou coisas do tipo, mas fecharei meus olhos, e nós teremos uma mensagem especial para vocês vinda deste anjo especial.
Vocês provavelmente escutaram o nome Kryon antes, pois é por isso que todos esses crescidinhos se sentam aqui com vocês. Na verdade, eles os trouxeram aqui. Mas este momento é para vocês; portanto, finjam que eles não estão na sala.
Tudo isto é a respeito de um anjo especial, Kryon, e uma mensagem especial apenas para vocês. Vocês não precisam fechar seus olhos quando eu fizer isto. Na verdade, vocês não precisam fazer nada, mas eu os convido a apenas observarem e escutar.
Quando Kryon chega, pode haver uma história para vocês… deixem-nos ver o que acontece.
[A sala fica em silêncio.]
Saudações, meus queridos, e pequeninos,
Eu Sou de fato Kryon do serviço magnético!
Não deixem isto iludir vocês, porque na verdade eu sou um anjo, e algo sobre mim é diferente com relação a vocês e aos adultos que estão aqui. Isto é porque eu nunca fui um ser humano, nunca!
Mesmo que seja difícil explicar, isso significa que tenho alguns dos sentimentos das crianças.
Isso também significa que eu posso compreender o que vocês estão pensando.
Isso me permite amar e auxiliá-los melhor!
Antes de começarmos com nossa história, nós falaremos para aqueles que são apenas um pouco mais velhos do que vocês, que também estão nesta sala e lendo as palavras em uma página que será impressa algum dia. Peço que sejam pacientes por alguns instantes enquanto falamos para eles. Depois disto, nós começaremos a nossa história.
Para vocês, meus queridos, que não são mais crianças, mas que podem se lembrar de alguns anos atrás quando eram, gostaria de lembrar-lhes de algo: vocês se lembram de quando eram pequeninos e olhavam para os adultos?
Talvez tenham visto algo nos crescidinhos sobre o qual nunca falaram a respeito.
Isto é porque era muito privado, mas eu sei o que vocês pensaram naquela época.
Vocês olharam para os adultos e disseram para si mesmos: “Eu não quero ser daquele jeito porque os crescidinhos perderam a sua graça! Eles não riem mais. Eles não sabem mais como brincar.”
Então, a mensagem para vocês é esta: não percam a alegria das crianças, pois a alegria dos pequeninos que se sentam aqui é preciosa! É o catalisador para a iluminação! E pode ser mantida por todas as suas vidas. Vocês ainda podem brincar!
Este é um momento precioso para vocês, mas é também um momento quando são capazes de se esquecerem da alegria.
A escolha é sua.
Os adultos usam alguns ditados que são assim: “Quando era uma criança, eu falava e pensava como criança, mas quando eu cresci, eu deixei de lado as coisas de criança.”
Agora, nós dizemos a vocês, não deixem a criança de lado!
Mantenham a alegria que sempre estará lá e é o segredo para encontrarem o anjo invisível que está dentro de vocês.
Agora, nós nos dirigimos aos pequeninos.
Eu agora falo a vocês como um anjo, e tenho uma mensagem que até nem mesmo os crescidinhos nunca escutaram antes.
Crianças, vocês sabem que os anjos nunca crescem?
É verdade! Eles têm sempre a mesma idade.
Os crescidinhos vêem os grandes anjos e pensam que eles são anjos crescidos também, mas eles nunca são. Eles são sempre crianças em grandes corpos. Eles têm sempre a mesma idade. É um tipo de segredo, mas eu acho que vocês sabem disso, não é mesmo?
Nós temos algo mais para dizer a vocês, e é isto: há um anjo com vocês em todos os momentos. Sabiam disso? Vocês podem dizer: “Eu nunca vi meu anjo. O que você quer dizer, Kryon?”
Eu direi.
Conheço uma história sobre uma pequena criatura que também tem este mesmo problema.
Ele costumava dizer: “Existe uma coisa que eu nunca vi, então como posso saber que ela está lá?”
É uma história sobre coisas que não se pode ver, feita especialmente para vocês.
Este anjo, Kryon, que está falando com vocês agora mesmo, e que também é uma criança, sabe como contar estas histórias com a ajuda do meu parceiro, Lee, que também nunca cresceu! [Risadas da platéia.]
Nós gostaríamos de contar a história de Bernie, o pássaro.
Bernie, o pássaro, era o pássaro que tinha medo de voar.
Queremos contar a história de como isto aconteceu, porque é uma história maravilhosa, freqüentemente contada na passarolândia. Todos os pássaros se lembram de Bernie, o pássaro que tinha medo de voar.
Bernie cresceu em um ninho extremamente elevado.
Vocês devem saber como os pássaros são ensinados a voar.
É algo espetacular, mas também muito amedrontador.
Porque quando um pequeno pássaro está preparado, a mamãe e o papai pássaros, gentilmente empurram-no para fora do ninho quando não estão olhando! Vocês sabiam disso?
Os pássaros caem naturalmente, mas logo, logo, de alguma forma, eles sabem que precisam abrir suas asas e começar a planar, e ao fazerem isso, de repente, o vento lhes dá sustentação e então eles sobem!
A queda, anterior ao momento em que abrem suas asas é muito difícil, mas mamãe e papai pássaros não podem ensinar-lhes a como voar dentro do ninho. Pensem sobre isto! Não se fazem muitos vôos dentro de um pequeno ninho!
Bem, Bernie não queria saber de nada com relação a este processo.
Ele viu sua irmã quando foi empurrada para fora do ninho em uma destas manhãs e observou que ela caía, caía e caía. E, no último segundo possível, sua irmã abriu suas asas e planou como louca.
Finalmente ela voou! Mas para Bernie parecia que ela houvesse quase caído no chão antes que soubesse o que fazer, e Bernie ficou apavorado. Ele não queria nem saber de voar!
Bernie disse: “Não há nenhuma razão para que eu deva fazer esse tal negócio de voar. Há algo de errado com todo esse sistema.”
Bernie convenceu seu irmão, Bobbie, de que esse negócio de voar era uma coisa estúpida.
Bobbie também não queria saber de voar e correu para sua mãe para contar-lhe sobre isto. Bobbie disse que não desejava voar, pois tinha medo, e na verdade não precisava disso, já que o ninho era um lugar legal e ele queria permanecer lá. Mamãe deu uma longa olhada para ele e imediatamente empurrou-o para fora do ninho!
Bobbie caiu, caiu e exatamente no fim, abriu suas asas e planou, planou e para cima ele foi. Bernie assistiu a tudo isto. Ele era o mais jovem, tendo nascido pelo menos dois minutos depois de todos os outros, e sabia que seria o próximo.
Pensou consigo mesmo: “Não me importa se meu irmão e minha irmã passaram por isto. Ninguém vai me empurrar para fora deste ninho, porque eu não preciso voar. Isto não é para mim!” – Bernie precisava fazer um plano.
Uma noite, quando todos estavam dormindo, Bernie encontrou uma corda.
Era algo que papai havia trazido para o ninho para dar-lhe suporte.
Às vezes, ao construir um ninho, todo tipo de coisas se combinam para torná-lo mais forte, e lá estava uma corda enterrada entre os gravetos e folhas que compunham o ninho. Bernie decidiu amarrar esta corda à sua perna, e a outra ponta a uma parte firme do ninho, de forma que, se sua mãe o empurrasse para fora quando não estivesse esperando, ele cairia apenas alguns centímetros e seria salvo da queda.
[Gargalhada de uma criança.]
Hei, era um ótimo plano!
O problema é que Bernie nunca tinha ido a nenhum acampamento para escoteiros; portanto, ele realmente não sabia como fazer nós de pássaros!
No entanto, ele fez o melhor que podia e deu um nó o qual pensou que funcionaria e o escondeu cuidadosamente ocultando-o da visão de sua mãe quando ela estava por perto. Exatamente na noite seguinte, quando ele estava dormindo, sua mãe o empurrou para fora do ninho!
Funcionou!
Ele foi para baixo e a corda o segurou.
Lá estava Bernie, pendurado no ar a uns 20 centímetros abaixo.
Estava um pouco escuro e mamãe, pensando que estivesse lá embaixo, planando e aprendendo a voar, voltou a dormir. Bernie se segurou lá silenciosamente, pensando o quão esperto ele era. Então, escalou a corda com seu bico e se aninhou de volta em seu lugar quentinho e macio.
Ele estava muito feliz por não ter que voar e cair como sua irmã e seu irmão.
Então ele voltou a dormir.
Na manhã seguinte, quando sua mãe acordou, ela viu Bernie lá, no ninho, com a corda amarrada e tudo, e então disse para ele: “Bernie! O que você faz aqui?” Ela apontou [com seu bico] para a corda, que Bernie havia esquecido de tirar de sua perna.
Estava muito brava. “Acho que é a hora do papai assumir o controle!” ela exclamou. “Ele conversará com você sobre tudo isto.”
Bernie pensou consigo mesmo: “Como sou estúpido! Me esqueci de tirar a corda! Agora o papai vai entrar em cena. Droga!”
Papai, de fato, voltou para o ninho em tempo.
Ele era um enorme pássaro com um monte de penas.
Bernie tinha um pouco de medo do seu pai devido ao seu tamanho.
Mas papai era um pai amoroso e perguntou a Bernie: “Bernie, o que está acontecendo? Todos os pássaros voam. Apenas olhe ao seu redor. Todos estão voando. Isto é coisa dos pássaros, e você precisa aprender! Por que você não deseja voar? Por quê?”
Bernie pensou por um momento e disse: “Tenho medo, papai.”
“Por que você tem medo?” perguntou o pai de Bernie.
“Observe sua irmã, seu irmão, eu e sua mãe. Todos nós voamos. Olhe ao seu redor. Seus amigos voam… pássaros voam, Bernie. Você é um pássaro.”
“Papai, eu tenho medo porque não há nada lá! Você fala sobre o ar que se supõe deva sustentar nossas asas. É invisível. Quase não funcionou. Você viu meu irmão e minha irmã quando caíram? Eles quase não conseguiram!”
Seu pai pensou por um momento: “Mesmo que você não consiga ver o ar, Bernie, ele estará debaixo de suas asas. Tudo o que precisa fazer é abrir suas asas e enquanto estiver caindo o ar irá conduzi-lo para cima. É assim que todos nós voamos. É invisível, mas está lá.”
“Isto é apenas magia”, disse Bernie.
“Você não pode ver o ar. Você não pode me dizer que existe ar, porque você não pode vê-lo. Não está lá. Talvez a mágica funcione para você, mamãe, meu irmão e minha irmã, mas eu preciso ver isto antes que acredite. O ar é invisível. Como vou saber que você não está tentando me enganar? Eu não sei como voar, mas não existe tal coisa como o ar porque eu não posso vê-lo.”
Bernie fez uma pausa e então continuou: “Papai, eu quero entender isto. Olha, por que eu preciso voar? Gostaria de iniciar uma nova linhagem de pássaros, chamados Pássaros Andantes. [Gargalhadas.] Por que preciso ser igual a todo o resto? Eu terei uma boa vida. Eu descerei pela árvore, encontrarei um pequeno inseto, e então retornarei para cima da árvore. Terei uma boa vida. Encontrarei uma esposa Pássaro Andante em algum lugar. Nós teremos passarinhos Andantes. Uma nova linhagem irá nascer. Algum dia, eles olharão para trás e dirão: ‘Este foi o início da grande linhagem chamada Pássaros Andantes’.”
O pai de Bernie olhou para ele por um longo tempo.
E então murmurou: “Pássaros Andantes?” fazendo cara de louco.
“Bernie, acho que já é hora de apresentá-lo a Sigg.”
“Quem é Sigg?”, perguntou Bernie um pouco hesitante.
“Bem, é um pássaro migratório, o Doutor Cérebro de Passarinho.”
[Risadas.]
“Precisaremos chamar Sigg para ver você.
Mas, Bernie, o Doutor Cérebro de Passarinho é muito sensível.
Não o chame de Doutor Cérebro de Passarinho.
[Trocadilho da língua inglesa: Birdbrain significa estúpido].
[Risadas.]
Esteja certo de chamar-lhe de O Pássaro, Doutor do Cérebro.
Nenhum médico deseja ser chamado de Cérebro de Passarinho.”
[Gargalhadas.]
“Papai, não importa o que o Dr. Sigg irá me dizer. Ninguém pode me convencer de que o ar é real. Eu não posso vê-lo.”
Então, aconteceu.
Mais tarde naquela noite, Bernie estava dormindo, sua mãe veio até ele silenciosamente e lentamente retirou a corda de segurança que ainda estava em sua perna. Então, ela o empurrou para fora do ninho!
As coisas aconteceram muito rápido.
Ele caiu e caiu.
Foi uma experiência horrível!
Ele estava muito amedrontado.
Ele se sentiu congelar de medo.
Observou os galhos da árvore passarem rapidamente e o chão se aproximando cada vez mais.
Pensou consigo mesmo: “Eu preciso abrir minhas asas, mas eu não acredito no ar.
Não posso acreditar porque ele não é real; não posso vê-lo. Não posso fazer isso!”
Dito e feito, ele não abriu as asas.
Ele estava se dirigindo diretamente para o chão e sabia que ia cair de bico, acabando como uma vareta cravada no solo… com suas pernas apontando para o ar!
Terminaria petrificado no chão de cabeça para baixo.
Ninguém seria capaz de retirá-lo de lá, e ele seria como uma estátua no parque.
Ele sabia o que os pássaros faziam com as estátuas humanas, e ficava imaginando o que os humanos fariam com uma estátua de pássaro!
De repente, Bernie acordou.
Era tudo um sonho!
[Gargalhadas.]
Que pesadelo havia sido aquele!
Pen, Pen…
Bernie acordou pela manhã, como de costume.
Lá estava ele, o Pássaro, Doutor do Cérebro.
Sigg estava lá, bem no horário.
“Bom dia, Bernie,” disse Sigg.
“Bom dia, Senhor Doutor Cérebro de Passarinho.”
“Eu sou Pássaro, Doutor do Cérebro”, disse Sigg. “Não se esqueça disso, filho.”
“Ok, Doutor Cérebro de Passarinho.”
“Bernie!” exclamou o Doutor!
“Desculpe-me, desculpe-me”, disse Bernie… mas, na verdade, não sentia nada.
[Risada de uma criança.]
“Bernie, do que tem medo?” perguntou o doutor sinceramente.
E Bernie começou de novo:
“Eu não posso acreditar no ar. Eu também não posso vê-lo. Eu sei que todos vocês estão voando… flap, flap, flap... [Bernie estava fazendo uma gozação com o ato de voar]. Mas, isto não funciona para mim, pois eu preciso vê-lo! Senhor Doutor Cérebro de Passarinho… senhor.”
Sigg franziu as sobrancelhas para Bernie devido ao seu tom irônico.
Bernie estava se divertindo.
Ele sabia que o Dr. Sigg não gostava de ser chamado de Doutor Cérebro de Passarinho, no entanto, toda vez que se dirigia a ele, Bernie dizia “Senhor Doutor Cérebro de Passarinho”.
Sigg disse a Bernie: “Bernie, você está com medo porque não pode ver o ar. Mas do que realmente tem medo?”
“Bem, Doutor Cérebro de Passarinho, senhor, eu tenho medo de cair e morrer de encontro ao chão, que parece se aproximar muito rápido quando os pássaros caem do ninho. Estou apavorado!”
Bernie, achou aquela uma pergunta estúpida e portando, respondeu de forma estúpida também.
“O que exatamente faz um pássaro cair?” perguntou Sigg ao seu jovem aluno.
“Bem, ehh, eu acredito que seja a gravidade”, disse Bernie.
“Hmmm. Gravidade.” Sigg fez uma pausa.
“Sabe, Bernie, você não pode realmente ver a gravidade, pode?”
Bernie pensou por um momento.
“Bem, não. Não, eu não posso ver a gravidade.”
“Mas, você acredita na gravidade, Bernie. Então mostre-me?”
Bernie pensou e então falou.
“Bem, eu posso lhe mostrar a gravidade. Se eu pular para fora do ninho, cairei e morrerei. Ha, ha! Isto é a gravidade.”
Bernie estava orgulhoso por ter respondido à difícil pergunta.
“É exatamente isto!” disse o doutor.
“Você pode provar que ela existe tão logo pule para fora do ninho. Bernie, você também pode provar que o ar existe, assim que pular do ninho, tanto quanto a gravidade, pois ele também está lá, assim como a gravidade. Você não pode vê-lo, mas ele está lá.”
Bernie não gostava do rumo que a conversa estava tomando.
Sigg, por outro lado, havia terminado sua consulta e então partiu… voando como fazia.
Ao invés de pular para frente e voar, Sigg gritou para Bernie enquanto pulava para fora do ninho, indo para baixo, parecendo cair.
“Gravidade, Bernie!” gritou Sigg enquanto caía em linha reta.
“Ar, Bernie!” disse Sigg enquanto abria suas asas totalmente.
E então ele planou suavemente.
Podia-se ouvir o Doutor Cérebro de Passarinho enquanto se afastava…
“Os dois são invisíveis… os dois são reais!”
Bernie ficou em silêncio por um bom tempo.
Ele pensou e pensou.
Finalmente disse: “Sabe de uma coisa, o Doutor Cérebro de Passarinho está certo. Só porque não posso ver algo, isto não quer dizer que não exista. A gravidade está sempre aí. Talvez, o ar também. É disso que eu realmente tenho medo. Não saberei enquanto não tentar.”
Sigg, O Pássaro, Doutor do Cérebro, mostrou para Bernie que era interessante o fato de haver algo que não se pudesse ver, como a gravidade, mas que se soubesse que estava lá, já que alguém poderia morrer se caísse de uma grande altura. Mas, ele também mostrou que Bernie não acreditava em algo tão maravilhoso como o vôo, usando-se o ar para isso.
Bernie percebeu que ele estava realmente com medo da gravidade! Talvez o ar invisível pudesse ser como a gravidade invisível, porém podendo salvá-lo? Bernie decidiu que voaria no dia seguinte. Ele seria corajoso e então contou a todos os pássaros da floresta e dos outros ninhos a sua façanha.
Disse a todas as crianças-pássaro que estavam observando: “Eu vou conseguir! Eu vou conseguir!”
Na manhã seguinte, Bernie se colocou na ponta do ninho.
Muitos se juntaram para ver, afinal de contas, toda a comunidade dos ninhos sabia sobre o problema de Bernie. Parecia que sempre que o Pássaro, Doutor do Cérebro, visitava algum pássaro, todos os outros ficavam sabendo. Esta é uma outra história e será contada em outra ocasião.
Bernie permaneceu firme.
Mais uma vez ele anunciou a todos que era hora de confiar naquela coisa invisível chamada AR! Falou por um bom tempo sobre confiança e sobre coisas invisíveis, e então com grande coragem e cerimônia, se lançou ao ar caindo do ninho!
Imediatamente Bernie se encontrou balançando de um lado para o outro a uns 20 cm abaixo do ninho. Ele se esquecera de desamarrar a corda!
[Risadas.]
Bernie ficou muito embaraçado e se sentiu humilhado.
Toda a floresta estava rindo!
Até os não pássaros estavam rindo.
Ratos e esquilos também!
Ele podia escutar a floresta ecoando com as palavras: “Pássaro Andante… o grande Pássaro Andante!”
Então, Bernie soube que tudo o que havia dito havia sido espalhado por toda a floresta.
Ele precisava acertar.
Ele subiu de novo pela corda, deu uma outra inspirada naquela coisa invisível chamada ar, e olhou ao seu redor. A floresta estava silenciosa mais uma vez. Vocês sabem, bebês pássaros não fazem isto por conta própria. Eles são surpreendidos enquanto dormem e são empurrados para fora do ninho quando menos esperam. Nunca fazem isto por si mesmos.
De alguma forma, os outros pássaros sabiam que estavam vendo algo diferente.
De alguma maneira, os adultos se lembraram de como foi a sua primeira vez.
Bernie, o voador relutante, fundador da nova linhagem chamada “Pássaro Andante”, estava próximo a se jogar para fora do ninho… desta vez sem as cordas. E para baixo ele foi.
O medo tomou conta dele enquanto acelerava em direção ao solo.
Isto não era um sonho. Desta vez era real!
Enquanto Bernie observava os galhos da árvore passando rapidamente, e o chão correndo em sua direção, ele escutou uma voz interna dizendo: “Asas! Asas! Abra suas asas!”
“Estou com medo. Estou apavorado!” gritou Bernie em sua mente.
Então, finalmente, assim como sua irmã e seu irmão haviam feito, no último momento, ele abriu aquelas pequenas e franzinas asas, que nunca haviam sido usadas e começou a planar.
Com certeza, aquele sistema de suporte invisível chamado ar assumiu o controle. A magia do vôo, que havia sido tão boa para sua mãe, seu pai e seus irmãos, aconteceu. Ele sentiu a elevação e foi direto para o alto!
Bernie não se cansava.
Ele voou o dia inteiro.
Voou e voou.
Voou tão alto quanto podia, até que suas asas se cansassem, celebrando a coisa invisível chamada AR.
Voou ao redor das árvores e gritou: “Vejam! Estou voando!”
Como se nenhum pássaro tivesse feito aquilo antes!
Todos aplaudiram Bernie – não porque estava voando, mas pela coragem do pássaro que havia feito aquilo por ele mesmo.
É uma história simples, não é?
É muito divertido pensar sobre Bernie e sua confiança no invisível.
Agora diremos a todos vocês o que isto realmente significa.
Alguns de vocês já sabem, não é?
Pequeninos, há um anjo com vocês agora mesmo. Há um anjo que nasceu junto com vocês, com o qual vocês podem conversar a qualquer momento que desejarem. É um anjo legal. Um anjo que ama vocês.
Ele tem a mente de uma criança e sabe até o que vocês pensam.
É um anjo que adora brincar com os brinquedos com os quais vocês também brincam.
É um anjo que irá crescer enquanto vocês crescem.
É um anjo que estará sempre disponível e poderá lhes ajudar a qualquer hora.
Alguns de vocês podem dizer: “Eu não vejo nenhum anjo!”
Isto é porque é invisível, assim como o ar era invisível para Bernie.
Nós podemos até dizer que este anjo irá levar-lhes para o alto, mesmo quando estiverem em apuros, mesmo quando estiverem tristes e as coisas não estiverem indo bem.
Este é um anjo que lhes dá suporte com uma energia invisível, mesmo quando estiverem caindo na escuridão do medo. Queremos que se lembrem disto, porque esta criança angelical estará com vocês por toda a vida.
É bela. Não se pode vê-la, mas como Bernie descobriu, é muito, muito real.
Talvez vocês queiram saber mais sobre seu anjo?
Então apenas perguntem!
Mesmo que não possam ver ou escutar o anjo, como uma pessoal “real”, a emoção do amor e da amizade será a coisa “real” que prova que ele está aqui!
Você é um adulto?
Para onde foi o anjo-criança?
Ainda está com você, ou você o descartou enquanto crescia?
Ele sorriu com a história de Bernie?
Talvez seja a hora de encontrá-lo, pois ele nunca vai embora.
É seu para toda a vida, e ele o chama para ir para fora e brincar.
Então, verdadeiramente, esta é a história para o adulto, pois o medo é do adulto e não da criança. É o medo daquele que não deseja deixar o ninho do intelecto e da aparente realidade, voando para as alturas de se tornar uma criança de novo… de brincar de novo, e da alegria de acreditar no invisível.
E assim é!
Kryon
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