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DIVERSOS - GNOSIS - O QUE É GNOSIS?

O Que é Gnosis?

Gnosis é uma palavra grega que significa Conhecimento. No latim, Gnosis também significa Scientia ou Ciência. Ciência é todo aquele conhecimento que é extraído de experimentações. Logo, Gnosis é, de fato, uma Real Ciência. Existem dois tipos de conhecimento: O conhecimento teórico e o conhecimento prático. A Gnosis é o segundo.

O conhecimento teórico processa-se no hemisfério esquerdo do cérebro e está relacionado com o intelecto e a razão (subjetiva). O conhecimento prático (Gnosis) processa-se no hemisfério direito do cérebro, que está conectado com o coração. A intuição vem do chakra cardíaco (coração). Por isso, diz-se que Gnosis é um conhecimento intuitivo e espiritual, porque nem sempre as teorias podem descrever com exatidão todas experiências vividas. Por meio de determinadas práticas podemos obter este conhecimento prático que é a Gnosis. Estas práticas são: Os Três Fatores da Revolução da Consciência, o Desdobramento Astral e a Meditação. Assim, obteremos o Despertar da Consciência.

A Gnosis movimentou-se ao longo dos milênios, no mundo, por meio dos 4 pilares do conhecimento:
- Arte
- Ciência
- Filosofia
- Mística (Religião)

Será aprofundado sobre esses quatro pilares nos textos abaixo, de Samael Aun Weor:

“A Gnose é um ensinamento cósmico que aspira restituir dentro de cada um de nós a capacidade de viver consciente e inteligentemente.” Samael Aun Weor

Gnose: Conceito e Origem

“Os princípios básicos da Grande Sabedoria Universal são sempre idênticos. Tanto Buda como Hermes Trismegisto, Quetzalcoatl ou Jesus de Nazaré, o Grande Cabir etc., entregam uma mensagem; cada uma destas mensagens do Alto, em si mesma, contém os mesmos princípios cósmicos de tipo completamente impessoal e universal. O corpo de doutrina que estamos entregando agora é revolucionário no sentido mais completo da palavra, mas contém os mesmos princípios que o Buda ensinou em segredo a seus discípulos ou os que o Grande Cabir Jesus entregou, também em segredo, a seus discípulos. É o mesmo corpo de doutrina, só que agora está sendo entregue de forma revolucionária de acordo com a nova Era de Aquário.” (Samael Aun Weor: Diálogo entre Mestre e discípulos)


​Buda, Krishna e Jesus, O Cristo.

Saber quem é, de onde vem e para onde vai tem sido sempre uma aspiração fundamental do homem. A Gnose responde a esta necessidade primordial. Cinzelado na pedra viva, no frontispício do Templo de Delfos, reza um antigo adágio: “Gnothi Seauton” (Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses).

Desde os tempos mais remotos, o homem sempre buscou desenvolver suas possibilidades, conhecer-se a si mesmo e conhecer seu destino material e espiritual. Está escrito que “A glória de Deus consiste em esconder seus mistérios e a do homem em descobri-los”. Encontrar por si mesmo a solução exata para todos os arcanos da Natureza não pode ser nunca, portanto, uma heresia ou um desatino, sendo sim este o mais digno e exaltado direito que possui toda criatura humana.

Chegou a hora de autoexplorar-nos para conhecer-nos realmente. Viver por viver, sem saber nada sobre nós mesmos, sem saber quem somos nem de onde viemos, nem para que existimos, realmente não vale a pena.

Necessitamos encontrar a resposta para todas essas interrogações e para isso, amigo investigador, nasceram os estudos gnósticos.

É bom saber que, etimologicamente, o vocábulo Gnosis provém do grego e significa CONHECIMENTO; contudo, é evidente que não se trata de um conhecimento comum. GNOSE se refere a uma Sabedoria superior, transcendental para o ser humano. Esse saber universal e atemporal do qual emanou a enorme similitude teológica, filosófica, artística e simbólica das grandes civilizações do passado, é testemunho de haverem bebido todas na mesma fonte original.

A “Jana”, “Yana”, “Gnana” ou “Gnosis” é a ciência de Jano, ou seja, a ciência do Conhecimento Iniciático, a ciência de Enoichion, ou do Vidente. A palavra “jina”, da qual vem o termo “Gnosis”, não é senão a castelhanização de tal palavra; sua verdadeira escrita deriva do parsi e do árabe, e não é “jina” mas “djin” ou “djinn”, e assim a vemos empregada por muitos autores.

Assim, é evidente que nenhuma pessoa culta cairia hoje, como antigamente, no erro simplista de fazer surgir as correntes gnósticas de alguma latitude espiritual exclusiva. Se é certo que devemos ter em conta em qualquer sistema gnóstico seus elementos helenísticos e orientais, incluindo Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Tibete, Palestina, Egito, etc., nunca deveríamos esquecer os princípios gnósticos perceptíveis nos sublimes cultos dos nahuas, toltecas, astecas, zapotecas, maias, incas, chibchas, quechuas etc., da América índia.

Portanto, resulta caduco pensar na Gnose como uma simples corrente metafísica introduzida no seio do Cristianismo. A Gnose constitui uma ATITUDE EXISTENCIAL com características próprias, enraizada na mais antiga, elevada e refinada aspiração esotérica de todos os povos, cuja história, lamentavelmente, não é bem conhecida pelos antropólogos modernos.

Falando muito francamente e sem rodeios, diremos: “A Gnose é uma atividade muito natural da consciência; uma PHILOSOPHIA PERENNIS ET UNIVERSALIS”. Inquestionavelmente, Gnose é o conhecimento iluminado dos Mistérios Divinos, reservado a uma elite. A palavra “Gnosticismo” encerra, em sua estrutura gramatical, a ideia de sistemas ou correntes dedicadas ao estudo da Gnose.

Este Gnosticismo implica uma série coerente, clara, precisa, de elementos fundamentais, verificáveis mediante a experiência mística direta: “A Maldição desde um ponto de vista científico e filosófico”; “O Adão e Eva da Gênese Hebraica”; “O Pecado Original e a saída do Paraíso”; “O Mistério de Lúcifer-Nahuatl”; a “Morte do Mim Mesmo”; “Os Poderes Criadores”; “A Essência do SALVATOR SALVANDUS”; “Os Mistérios Sexuais”; “O Cristo Íntimo”; “A Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes”; “A Descida aos Infernos”; “O Regresso ao Éden”; “O Dom de Lúcifer”.

Só as doutrinas gnósticas que impliquem os fundamentos ontológicos, teológicos e antropológicos acima citados formam parte do Gnosticismo autêntico. Pré-Gnóstico é aquilo que, de forma concreta, evidente e específica, apresenta alguma característica de certa maneira detectável nos sistemas Gnósticos, mas sendo esse aspecto integrado em uma concepção in totum alheia ao Gnosticismo revolucionário – um pensamento que certamente não é e entretanto é Gnóstico. Protognóstico é todo sistema gnóstico em estado incipiente e germinal; movimentos dirigidos por uma atitude muito similar à que caracteriza as correntes gnósticas definidas. O adjetivo “gnóstico” pode e até deve ser aplicado inteligentemente tanto a concepções que de uma ou outra forma se relacionem com a Gnose como ao Gnosticismo.

O termo “gnostizante”, inquestionavelmente, se encontra muito próximo a “pré-gnóstico” em sua significação, já que o vocábulo, em realidade, stricto sensu, se relaciona com aspectos intrínsecos que possuem certa similaridade com o Gnosticismo Universal, mas integrados em uma corrente não definida como Gnose.

Estando firmemente estabelecidos esses esclarecimentos semânticos, passemos agora a definir com inteira claridade meridiana o Gnosticismo.

Não é demais esclarecer de forma enfática neste tratado que o Gnosticismo é um processo religioso muito íntimo, natural e profundo. Esoterismo autêntico de fundo, desenvolvendo-se de instante em instante, com vivências místicas muito particulares… Doutrina extraordinária que adota fundamentalmente a forma mítica e às vezes a mitológica. Liturgia mágica inefável com viva ilustração para a Consciência Superlativa do Ser…

O Movimento Gnóstico

“A Ciência Secreta dos sufis e dervixes dançantes está na Gnose; a Doutrina Secreta do budismo e do taoísmo está na Gnose; a Magia Sagrada dos nórdicos está na Gnose; a Sabedoria de Hermes, Buda, Confúcio, Maomé, Quetzalcoatl etc. está na Gnose; a Doutrina do Cristo é a própria Gnose. Na Gnose está toda a sabedoria antiga, já totalmente “mastigada” e “digerida”. (Samael Aun Weor: Grande Manifesto Gnóstico)

Seja-nos permitido informar que o MOVIMENTO GNÓSTICO INTERNACIONAL não é uma escola a mais, mas sim o veículo através do qual se manifesta a Gnose de ontem, de hoje e de sempre. A eterna Gnose, como Sabedoria de todas as idades, se reveste, em cada época e lugar, de uma forma e um simbolismo particular, para transmitir, em cada momento, a mesma Verdade impessoal e atemporal. O Movimento Gnóstico é, em pleno século 20, a forma ou o veículo de expressão desse conhecimento ancestral.

As instituições gnósticas são, hoje em dia, instituições esotéricas, científicas e culturais de âmbito internacional, integrada por pessoas das mais diferentes atividades profissionais, todas interessadas em investigar e trazer para a atualidade os grandes ensinamentos gnósticos do passado. O Movimento Gnóstico e suas Escolas proporcionam, gratuitamente, métodos ou sistemas especiais para que cada um de nós verifique esses ensinamentos universais que prometem conduzir o homem até limites insuspeitados.

A Instituição Gnóstica, portanto, não tem fins lucrativos, a fim de que todas as pessoas, sem distinção de nível social ou econômico, possam beneficiar-se do resultado de suas investigações. Ainda que a Associação Gnóstica estude, entre muitos outros aspectos da cultura humana, as diferentes religiões que existiram no mundo, a Gnose não é evidentemente uma religião, nem uma seita. A Associação Gnóstica respeita as crenças individuais de seus filiados e a seus cursos comparecem pessoas dos mais diversos credos e filosofias.

Concluiremos afirmando, solenemente e em honra à verdade, que a Associação Gnóstica tem um único e exclusivo propósito: entregar e compartir com nosso irmão, o homem, com seriedade e rigor científico, a Gnose de todos os tempos, esse conhecimento que permite ao homem moderno formar uma visão de sua existência mais humana, mais consciente e, em consequência, mais transcendente.

Gnosticismo Prático e as Teorias

“O estudante procura aqui e ali, lê e relê todo livro de ocultismo e magia que cai em suas mãos, mas o que consegue o pobre aspirante é só encher-se de terríveis dúvidas e confusões intelectuais. Existem milhões de teorias e milhares de autores. Uns repetem ideias de outros, aqueles refutam a estes, todos contra um, um contra todos. Os colegas se ironizam e se combatem mutuamente, uns contra outros e todos realmente contra todos. Alguns autores aconselham o devoto a ser vegetariano, outros lhe dizem que não seja. Uns aconselham a praticar exercícios respiratórios, outros dizem para não praticá-los. O resultado é espantoso para o pobre buscador. Não sabe o que fazer. Quer luz, suplica, clama, e nada, absolutamente nada”. (Samael Aun Weor: O Matrimônio Perfeito)

No terreno da vida prática cada pessoa tem seu critério, sua forma mais ou menos rançosa de pensar. Inquestionavelmente, cada cabeça é um mundo, e em todos e em cada um de nós existe uma espécie de dogmatismo pontifício e ditatorial que quer fazer-nos crer que nossos conceitos são iguais à realidade. Em todo caso, as pessoas nunca se sentem equivocadas, cada um de nós pensa que seu critério é o melhor. O mais grave de toda esta questão é que milhões de critérios equivalem a milhões de normas putrefatas e absurdas. Os “ignorantes ilustrados” são os mais difíceis, pois, em realidade, falando desta vez em estilo socrático, diremos: “não só não sabem como também ignoram que não sabem”.

Essas pobres pessoas são autossuficientes, presunçosas com seu vão intelectualismo, pensam que vão pelo caminho reto e nem remotamente suspeitam que se encontram em um beco sem saída. A brilhante procissão de ideias ofusca o velhaco do intelecto e lhe dá certa autossuficiência tão absurda a ponto de rechaçar tudo o que não cheire a pó de biblioteca e tinta de universidade. O "delirium tremens" dos bêbados alcoólicos tem sintomas inconfundíveis, mas o dos ébrios de teorias se confunde facilmente com a genialidade.

Essas pobres pessoas intelectuais querem colocar o oceano dentro de um copo de vidro, supõem que a universidade pode controlar toda a sabedoria do universo e que todas as leis do cosmos estão obrigadas a se submeter às suas velhas normas acadêmicas.

Pretendem, os amantes da razão, esquadrinhar os arcanos da Natureza com a pobre faculdade do intelecto. Não poderíamos negar que a mente e a razão são úteis, no terreno da vida prática, para realizar certas tarefas cotidianas, mas pretender, com o intelecto, analisar e resolver os grandes mistérios da vida e da morte é como pretender observar as estrelas com o microscópio ou as bactérias com o telescópio.

Em esoterismo gnóstico se diz que “bom” é o que está em seu lugar e “mau” é o que está fora de lugar. Poderíamos afirmar que o intelecto, dentro de sua órbita, é bom; mas, fora dela, nos prejudica terrivelmente.

Infelizmente, os “ignorantes ilustrados”, metidos nos subterfúgios de suas difíceis erudições, não conhecem essas coisas e nem sequer têm tempo para se ocupar de nossos estudos seriamente.

Hoje em dia os sabichões riem dos conhecimentos esotéricos, não os aceitam, ainda que no fundo nem remotamente tenham alcançado a felicidade. Está escrito que “Aquele que ri do que desconhece está a caminho de ser idiota”. Depois de haver envelhecido no meio do pó de sua biblioteca, Fausto exclamou: “Estudei tudo com viva ansiedade, e hoje sou só um pobre louco com uma psique infeliz. O que é que sei? A mesma coisa que já sabia. A única coisa que aprendi é que não sei nada”.

As teorias encheram o mundo de confusão e problemas. O caos em que se encontra a humanidade é fruto do intelecto. Francamente, devo dizer-lhes que a erudição sem experimentação só nos leva ao conflito e à luta das antíteses. Não podemos negar que hoje, precisamente, existem duas tendências no mundo que lutam mortalmente pela supremacia. Em primeiro lugar, temos a corrente espiritualista, formada por todas as religiões, escolas e crenças. De outra parte, temos a corrente materialista, com sua dialética etc.

A corrente espiritualista pensa que ela, absolutamente ela, tem a verdade. A corrente materialista, ateísta, também supõe possuir a verdade. A corrente espiritualista rende culto ao Deus-Espírito, não importa que nome Lhe é dado: Alá, Brahma Deus, etc. A corrente materialista rende culto ao Deus-Matéria, não importa também o nome que lhe dermos.

São duas correntes. A espiritualista se fundamenta em suas teorias; a materialista nas suas. Quem tem razão? Os da direita ou os da esquerda? Sem querer ferir delicadas suscetibilidades, diremos que nem uns nem outros conhecem realmente isso que é a Verdade.

Os fanáticos do espiritualismo e do materialismo encheram o mundo de teorias, hipóteses e suposições que jamais foram experimentadas. “O homem que não põe em prática sua metafísica é como um asno carregado de livros”, dizia Maomé.

As teorias já se tornaram cansativas, e até se vendem e revendem no mercado… E então, como ficamos? Os autores se contradizem a si mesmos em suas obras. O pobre leitor tem que beber da taça amarga da dúvida. As teorias só servem para ocasionar-nos preocupações e amargurar-nos a vida. Realmente, informação intelectual não é vivência. Erudição não é experiência. O ensaio, a prova, a demonstração exclusivamente tridimensional não é unitotal, não é íntegra. Existem, latentes em nosso interior, faculdades (poderes) superiores à mente, independentes do intelecto, capazes de dar-nos conhecimento e experiência direta sobre qualquer fenômeno.

Devemos compreender que as opiniões, conceitos, teorias, hipóteses, não significam verificação, experimentação, consciência plena sobre tal ou qual fenômeno. Sem orgulho de nenhuma espécie, devemos asseverar que os estudos gnósticos constituem um bálsamo para o insaciável buscador da luz entre tantas trevas. Amigo leitor, a Gnose oferece as chaves e os procedimentos para que você experimente, por si mesmo e de forma científica, cada um dos elementos que integram essa Sabedoria Universal.

As teorias não servem para nada. Necessitamos ser práticos e conhecer por vivência própria o objetivo de nossa existência. Com justa razão disse Goethe: “Toda teoria é cinza, e só é verde a árvore de frutos dourados que é a vida”.

As Quatro Grandes Colunas do Conhecimento Gnóstico

“Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos… Nos preocupamos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisamos a sabedoria das antigas civilizações, realizamos estudos comparativos entre o México, Egito, Índia, Tibete, Grécia, etc., etc., e chegamos à conclusão de que a Sabedoria Universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas.”

(Samael Aun Weor, na conferência: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?)

A Filosofia

Realmente a Gnose, como filosofia, implica sempre em uma mensagem, uma orientação, um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano, que convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca sempre, mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real Ser (o divino que existe em cada criatura humana).

O gnóstico filósofo ama a sabedoria e busca sem descanso a verdade que existe em suas profundezas mais íntimas. Quando se fala de filosofia, é um grave erro referir-se apenas à filosofia dos antigos gregos, à filosofia de um Platão, um Sócrates ou um Sólon. Realmente, como filosofia, a Gnose é uma atividade muito natural da Consciência e brota, como já afirmamos, de diversas latitudes. Aqueles que pensam que sua origem está unicamente na Grécia, na Pérsia, no Iraque ou na Palestina, ou na Europa medieval, estão equivocados; a Gnose, como “Philosophia Perennis et Universalis”, se encontra em qualquer obra hindu, em qualquer pedra arqueológica etc.

Chegou a hora de compreender que em todos os países do mundo palpita a sabedoria oculta. Chegou a hora de entender que sob as pirâmides do Egito floresceu a sabedoria dos hierofantes. Chegou o momento de saber que nas pirâmides de Teotihuacan ainda se escuta o Verbo que ressoa dos antigos mestres de Anahuac…

Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em tudo o que foi, é e será. Através do tempo, distintos hierofantes do saber resplandeceram na noite profunda de todas as idades; ora Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande Deus Íbis de Thot, gravando sua sapiência na Tábua Esmeraldina; ora os grandes sábios da antiga Grécia, ensinando às multidões nos Mistérios de Eleusis; ora os sacerdotes Incas, que brilharam como sóis resplandecentes no Alto Cuzco do Peru; ora a sapiência soberana dos grandes iniciados de Anahuac.

Sim, por aqui, lá e acolá resplandece a sabedoria de todas as idades, a sabedoria oculta. Este é um momento de confusão; a humanidade se encontra em estado caótico, há crise mundial e falência de todos os princípios éticos e morais. As pessoas se lançaram à guerra, uns contra outros e todos contra todos. Nestes momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria do passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no momento presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da natureza, buscar as vertentes originais da sapiência cósmica.

Este, amigo leitor, é o propósito da Antropologia Gnóstica. Mediante um estudo amplo, a Antropologia Gnóstica busca redefinir aqueles PRINCÍPIOS ÉTICOS que constituem a pedra fundamental das grandes culturas do passado. A Antropologia Gnóstica é uma Antropologia Psicanalítica. Podemos, por meio da psicanálise, extrair de cada peça (nicho, pirâmide, tumba etc.), os princípios psicológicos contidos em tais peças.

Através da Antropologia Gnóstica, conhecemos os distintos cenários do mundo, esquadrinhando neles os arcanos ou segredos que, de forma transcendente, lancem luz sobre os controvertidos enigmas da existência. Chegou o momento em que devemos voltar a estudar os ensinamentos do passado, mas com a visão correta, sabendo extrair, da letra morta, o espírito que dá vida.

É evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia Gnóstica, será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das culturas asteca, tolteca, maia, egípcia etc. Em questões de “antropologia profana” (desculpem-me a similitude), se quer conhecer resultados, deixe-se um macaco, símio ou mico em plena liberdade dentro de um laboratório e observe-se o que acontece.

Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, pergaminhos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, templos antiquíssimos, monólitos sagrados, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenares etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido gnóstico que, definitivamente, escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.

O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, a empobrece terrivelmente, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER. E é nesta interessantíssima linguagem da Gnose, semifilosófica e semimitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com um fundo esotérico que falam à Consciência em silêncio. Bem sabem os Divinos e os humanos que “o silêncio é a eloquência da Sabedoria”.

A Arte

Existem dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz; segundo, a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real, transcendental. Obviamente, esta última arte contém em si mesma preciosas verdades cósmicas… Esta, amigos, é a arte gnóstica, a arte que encontramos em todas as peças antigas, nas pirâmides e nos velhos obeliscos, nos hieróglifos e nos baixos-relevos do Egito dos Faraós, em todas as obras do México antigo, nas relíquias arqueológicas dos maias, astecas, zapotecas, toltecas etc.; nos velhos pergaminhos da Idade Média, nas pinturas e esculturas de Michelangelo; na música de Beethoven, Mozart, Lizst, Richard Wagner, nas obras da literatura universal, a Ilíada de Homero, a Divina Comédia de Dante etc.

Indubitavelmente, a arte gnóstica baseia-se na “Lei do Sete”, na “Lei do Eterno Heptaparaparshinock” (a lei que põe em ordem todo o criado: os sete dias da semana, as sete cores do prisma, as sete notas musicais etc.).

Quando se descobre qualquer relíquia, qualquer peça arqueológica, normalmente se pode observar certas inexatidões intencionais, pequenas rupturas que quase sempre são atribuídas à picareta dos trabalhadores. Em todo caso, qualquer inexatidão dentro da “Lei do Sete” foi colocada intencionalmente, como para indicar-nos que ali, naquela peça, se transmite à posteridade um ensinamento, uma doutrina, uma verdade cósmica.

Com as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias, egípcios, fenícios etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também encontramos belas representações de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros medievais, nas catedrais góticas etc.

Recordemos a “Gioconda”, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina Mãe, “Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar, que guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas ela é Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é Ísis, a Mãe Divina, a quem nenhum mortal levantou o véu… Não é demais aclarar de forma enfática que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular, individual.

Realmente devemos afirmar que a Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos. As danças sagradas, por exemplo, eram verdadeiros livros informativos que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais. Os dervixes dançantes não ignoravam as “sete tentações” mutuamente equilibradas dos organismos vivos. Os dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.

Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e Egito não ignoravam que tudo isto cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica. Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.

As danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão ainda mais longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc. O sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos antigos tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.

O drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por meio do drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de experiência do Ser e manifestações do Ser. Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama, se é que de verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.

Os dramas cósmicos se baseiam na “Lei do Sete”. Certos desvios inteligentes de tal lei, como dissemos, foram sempre utilizados para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais. Em música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.

Realmente, os velhos Hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento íntegro somente pode ser adquirido com os três cérebros; um só cérebro não pode dar informação completa. A dança sagrada e o drama cósmico, sabiamente combinados com a música, serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, físico-químico, metafísico etc.

Cabe aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a “Lei do Sete”. Recordemos a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.

Contudo, conforme o ser humano se precipitou pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais e mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando, e o amor pela verdadeira sabedoria, como é lógico, foi desaparecendo. Depois da Segunda Guerra Mundial nasceram a filosofia e a arte existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros doentes, maníacos e perversos.

Os artistas de cada nova geração se converteram em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna. Está comprovado pela observação e experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração. Os artistas modernos já nada sabem sobre a “Lei do Sete”, nada sabem de Dramas Cósmicos, nada sabem sobre as Danças Sagradas dos antigos Mistérios.

A pintura atual, a música, a escultura, o drama etc., não são senão o produto da degeneração. Já não aparecem no cenário os iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes tempos. Agora só aparecem nos palcos autômatos doentes, cantores degenerados, rebeldes sem causa. Os teatros ultramodernos são a antítese dos teatros sagrados dos grandes mistérios do Egito, Grécia, Índia etc.

A arte atual é tenebrosa, é a antítese da Luz, e os artistas modernos são tenebrosos. A pintura surrealista e marxista, a escultura ultramoderna, a música afro-cubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana. Os rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três cérebros degenerados, dados suficientes para converterem-se em estelionatários, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas etc.

Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética…

A Ciência

Quando falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de teorias que hoje abunda por toda parte; ciência pura como a da Grande Obra, a ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um Paracelso ou a de um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram Jesus ou Moisés para realizar prodígios.

A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior, análise posta a serviço do SER. A ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de interesses personalistas; uma ciência que não respeita os interesses espirituais do ser humano; uma ciência onde o fim justifica os meios, ainda que estes incluam o sofrimento físico e psicológico de qualquer criatura vivente; uma ciência para a qual a palavra “progresso” serve para justificar as mais terríveis atrocidades.

Além disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma totalmente o contrário. Uma ciência cheia de contradições, que paradoxalmente diz acreditar só no que vê e, não obstante, sustenta com firmeza hipóteses absurdas que nunca foram comprovadas. Esta é a ciência moderna…

Atualmente, estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria que chega a ser ridícula, não?

Depois, prosseguem com o famoso oposum, criatura similar ao crocodilo, um pouquinho mais evoluída segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem dado muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures. Atribuem-lhes uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos zoólogos.

Contradições gigantescas são encontradas nos labirintos da falsa ciência, que prossegue dizendo que dos lêmures, que podem ter existido há uns 150 milhões de anos, descende por sua vez o macaco e, por fim, o gorila. Nessa fantástica cadeia, o gorila é o nosso antecessor imediato, o predecessor do homem. Alguns antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até querem incluí-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram semelhanças, querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do tubarão dá origem a outros mamíferos, entre eles o irmão rato.

Isso de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico como supor que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem perceber que a frase tem um sentido simbólico. Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto? Milhões de anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se viu nascerem novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no Pacífico.

Contudo, não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem que não acreditam senão no que veem, que não aceitam nada que não hajam visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as viram.

São esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso? Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não conseguem ver além de seus narizes, isso é óbvio. Que existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta dimensão.

Em matemática, ninguém pode negar a quarta vertical. Mas os materialistas desta época nem sequer consideram que possa existir outra dimensão ou dimensões superiores na natureza. Querem, à força, que nos encerremos ou nos autoencerremos todos no mundo tridimensional de Euclides. E, devido a essa falsa posição absurda, o avanço da física está completamente paralisado.

A estas horas, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar através do infinito, mas tal aspiração não seria possível enquanto a física continue engarrafada no dogma tridimensional de Euclides. Não está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar, seguramente nós, os antropólogos gnósticos, teremos que suportar a mesma zombaria que Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.

Mas um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as ondas sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos os processos evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da falsa ciência será desnudado diante do veredicto solene da consciência pública.

Assim, existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na ciência pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o Conde Saint-Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18, 19 e que ainda vive, vocês me achariam louco. Conheço o Conde Saint Germain, e dou testemunho disso. Vive sim, sustentado por uma ciência que vocês não conhecem, a ciência pura, a ciência do Super-Homem, a ciência que conhecem os extraterrestres que viajam através do espaço infinito, a ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência daqueles que abriram a Mente Interior…

Aqueles que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias, em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da evolução, o dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro do mundo das hipóteses?

O cientista gnóstico tem sistemas diferentes para a investigação; temos disciplinas especiais que permitem ao ser humano pôr em atividade certas faculdades latentes no cérebro, certos sentidos de percepção completamente desconhecidos para a ciência materialista e que permitem verificar diretamente todas estas interrogações…

A Religião

Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que todas elas descansam sobre os mesmos pilares. RELIGIÃO provém do termo “RELIGARE”, ou seja, o objetivo fundamental de todo princípio religioso é “re-ligar-se”, voltar a se unir com sua própria Divindade, regressar ao ponto de partida original, ao SER da filosofia experimental.

Realmente, de fato, somente existe UMA só RELIGIÃO, ÚNICA E CÓSMICA. Esta religião assume diferentes formas religiosas segundo os tempos e as necessidades da humanidade. Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.

Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança simbólica e teológica de todas as religiões. É evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro sentem pelo Divino: Alá, Brahma, Tao, Zen, I.A.O., Inri, Mônada, Ser, Deus etc.

Os Mártires, Santos, Virgens, Anjos e Querubins são os mesmos Deuses, Semideuses, Titãs, Sílfides, Cíclopes e Mensageiros da mitologia pagã.

A trimurti cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tem seu expoente em todas as trimurtis religiosas: Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama, Vishnu e Shiva, na Índia; Kether, Chokmah e Binah, na Cabala etc.

Todos os cultos têm seus Céus (dimensões superiores, Aeons da Cabala hebraica) e sua contraparte, os Infernos, conhecidos também como Averno (romano), Tártaro (grego), Patala (indiano), Mixtlán (asteca), Xibalbá (maia) etc.

Entre os Persas, Cristo é Ormuzd, Ahura-Mazda, o terrível inimigo de Arimã (o Satã que levamos dentro de nós). Entre os hindus, Krishna é o Cristo. O evangelho de Krishna é muito semelhante ao de Jesus de Nazaré. Entre os Egípcios, Cristo é Osíris, e todo aquele que O encarnava era, de fato, um Osirificado. Entre os Chineses é Fu-Hi, o Cristo Cósmico, que compôs o I-Ching, O Livro das Leis, e nomeou ministros dragões.

Entre os gregos, o Cristo chamava-se Zeus, Júpiter, O Pai dos Deuses. Entre os astecas é Quetzalcoatl, o Cristo mexicano. Nos Eddas germânicos é Balder, o Cristo que foi assassinado por Hoder, Deus da Guerra, com uma flecha de agárico. Assim, poderíamos citar o Cristo Cósmico em milhares de livros arcaicos e velhas tradições que vêm de milhões de anos antes de Jesus.

Maria, a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin, etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fu-Hi, Quetzalcoatl, Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas concepções, que são realmente abundantes em todos os cultos antigos.

Maria Madalena é, fora de qualquer dúvida, a mesma Salambo, Matra, Ishtar, Astarté, Afrodite e Vênus de todas as religiões. Maria Madalena, a pecadora arrependida, é a mesma Gundrígia, a Kundri do drama wagneriano.

Todos os cultos antigos tentaram conduzir o homem à ÚNICA GRANDE VERDADE, e por isto é assombrosa a grande semelhança entre todas as formas religiosas, a repetição de símbolos, ideias etc. Frases como: “Eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve” denotam soberba e uma supina ignorância.

Contudo, seguindo esta ordem de ideias, temos que levar em conta uma coisa extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações dos cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós mesmos…

Por isso, em questões de religião, estudamos a religiosidade em sua forma mais profunda. A Gnose estuda a Ciência das Religiões. A religiosidade que possuímos é altamente científica. A Gnose não se conforma com aceitar a existência de um Deus sentado em um trono, julgando os vivos e os mortos. O gnóstico cria a fé a partir da experiência, da vivência, da comprovação, não de teorias.

Nos tempos atuais, a religião se divorciou da ciência e a ciência da religião. Uns lutam contra outros e outros contra uns. Todos se sentem de posse da verdade, ninguém se sente equivocado. Contudo, a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência materialista, ateísta, carente totalmente de valores e princípios.

O bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo científico e uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o dualismo conceitual, é urgente e inadiável filiar-nos a um monismo transcendental, é necessária uma ciência religiosa e uma religião científica.

Samael Aun Weor

Buda, Krishna e Jesus, O Cristo.

"Todas as religiões são joias preciosas no colar de ouro da divindade" (Samael Aun Weor)

"Não há religião superior à verdade" (Helena Petrovna Blavatsky)

 

"Todas as religiões são joias preciosas no colar de ouro da divindade" (Samael Aun Weor)

 

"Não há religião superior à verdade" (Helena Petrovna Blavatsky)

FONTE: ESPIRIT BOOK | https://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/o-que-gnosis-1

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